sábado, 13 de fevereiro de 2010

...'"Quem é você....?

Carnaval Triste

carnaval que passou.....

Eu te peço licença prá te pedir...
PERDÃO.Perdão pela omissão.Eu te peço perdão por te amar de repente embora meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos. Eu te peço perdão pelas horas de imaginação e fantasia em que eu passei à sombra dos teus gestos virtuais bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos, encostada ao teu corpo na noite enluarada dos murais.Das noites que vivi acalentada pela graça indivizível dos teus passos eternamente fugindo dos meus braços.Venho te trazer a doçura das mulheres que aceitam... melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo...Não traz o exaspero das lágrimas.Te serei alento,te trarei a pazSerei o refúgio da tua angústia antiga,serei teu sossego. Nunca mais te darei dúvidas,nem mágoas.Bebê-las hei.Nunca mais as palavras misteriosas.Só uma eu falarei prá continuar contigo o caminho interrompido.Perdão. Entre minha boca e tua boca só o beijo,o jesto, o beijo úmido e silencioso.Êle falará por todas as palavras.E no silencio prosaico do mundo,seremos nós e eu serei tua.
Malenna

Carnaval triste...fevereiro/2009

PORCELANA INGLESA E A POBREZA MENTAL

Pois é,que pena que não é.Nada é.Nada é nada.Todos os momentos são iguais,uns mais outros mais.Não há o que tanto buscamos.Mas o que buscamos? Nem posso falar por tantos,nem por mim.Ela sim,ela é um ser sem poder ser.Como será acordar todas as manhãs, lavar o rosto, ter de tomar um café com um nó na garganta.O pão também não desce,o ônibus não vem, só depois vem.Um dia demora,noutro dia já passou mas sempre vem e sempre vai.É tudo igual.Sempre tudo igual.1....
lDeitar,comer,dormir,acordar.levantar,ter de falar,ser obrigada a ouvir.Você nem quer falar tampouco ouvir mas naquele dia :há sempre um dia,onde parece que tudo conspira contra.Outra noite,outro dia,outra roupa,outra comida,outras pessoas,que vão e que vem sem saber prá onde vão nem porque vem.A vida é só isso ? Porque chamam-na de vida então?Ela foi uma morta-viva.
Ela era uma menina tôla, simplória,pobrezinha,sem irmã,sem carinho,sem saber os porquês de tudo que a rodeava.E nada a rodeava.Mirella era tão leve que ninguem a podia sentir.Ela vagava.Nada sabia das coisas daquele lugar.Ouvia vozes dando -lhe ordens: Faça isso.Faça aquilo.Não faça assim; é assim. Tem de ser assim.Ela tinha no olhar todos os medos medonhos de quem não sabe quem é.A atemporalidade costumeira lhe persegue a mente confusa que a professora ordena,sem saber porque nem para que servirá.Assiste às aulas de Matemática ,sem saber de que lhe servirão a Algebra,os Logorítmos,nem quem foi Pitágoras,ou Einstein,nem se morrerá no dia seguinte,de sarampo,ou de tristeza,doença a qual veio ao mundo.Foi jogada,não era prá ter vindo.O veneno da mãe não fêz efeito,e não havia médicos capazes de praticarem o aborto,e nem havia dinheiro.
Ela tinha consigo as angústias da noites solitárias de alguem que nunca ouviu uma voz humana:Durma bem.Está com frio ?
Ela quebrou a louça de porcelana Inglesa guardada pela mulher como uma relíquia imperial.Seus cabelos quase lhe foram arrancados junto com o pescoço não fôssem os vizinhos; Páre de bater na criança: ela não fêz por querer ! Essa maldita quebrou minha Jarra de porcelana INGLESA !berrava a dona.Dona de todos os bens materiais da casa,e dona de um gênio do mal que só conhecia o ódio,e o desprezo por quem não pertencesse à burguesia aristocrática.E não paráva de espraguejar:: e agora,como poderei consertá-la,quem irá restaurá-la? Mirella chorava sem saber sequer o que significava !" MADE IN ENGLAND " ! E mal sabia tambem que seu coração jamais se restauraria tbem! Nada, nem ninguem conseguiria colar os pedaços de sua pobre alma inquieta e abandonada.Ela era filha das ervas ! Ela era pobre.ela era ninguém.Ela nem era.

O ÓDIO

De repente, um grito na noite calma.A minha alma que nem era a minha saiu de mim Catárse.O Indefinido inda que findo chamou meu nome.Assustou meu corpo e o tremor veio O suador todas as léguas,milhões de milhas me separavam daquilo que foi mas que ainda é. A calmaria batia pedia me deixa entrar.Eu voltei eu vim prá ficar mas eu a Ventania lhe disse:Não.
O ronco da dôr é como o chio da asma que só o gato chia,só o gato mia o miado disfarçado da dor
ó gemido é o clamor, é a dor, é a dor., é a dor do amor...Que inferno é esse? que dor tamanha!
Dante !Dante! Me grita,me explica que inferno é esse?E quantos outros existem,e onde ficam ?
Empurro delírios de um amor sem fim mas eu nem sei como eles voltam mais fortes dentro em mim....
Ai que miséria meu ser todo em pedaços,e avontade de matar quem me matou
e a vontade de voltar à amar quem me amou...
Ah !! esse maldito redemoinho,moendo,revolvendo tudo em mim,um oceano de mágoa
?Por que não ir bem levemente desse mundo assim como vim discretamente sem alarde sem vontade
?Por que ficar aqui se nada há,por que se nada sem ternura é só o vazio da loucura.
Quem é esse louco que inventou o amor,e com esse amor criou o ódio,o desespero e a dor?
Por que não te mostras na minha frente prá que eu te mostre o que é dilacerar..
Por que não vens olhar meus olhos diferentes depois que tu lhes roubaste até o brilho do luar
Covarde,maldito,criatura das trevas eu sei,bem sei que tu te escondes entre nós pobres amantes
Sai desse covil imundo onde te alimentam venenos rastejantes,aéreos,lamacentos e vem !
Vem enfrentar a mimha ira insana,e ver o que fizestes do que já nem era,do que já nem podia ser.
Meu ser já morimbundo cambaleava das dores desse mundo,meu ser pobre ser agonizava...
Mesmo assim,VERME imundo,vagabundo de todas as horas,atirastes em mim todas as balas
Descarregastes toda tua fúria doentia de um sentir nada ser,pois se fõstes,fôstes NADA,só Escória.
Eu!agora!agora é aminha vez!Te matarei pois és inútil.De ti farrei jorrar gôtas de sangue pelo chão,e tu serás alguém,um corpo morto.A ninguem mais tocarás com tua língua amaldiçoada com hálito mau.Tu és mau,és mau és maldito,o que sempre fôste ;o que hoje és .e sempre serás;morrerás mau !Morrerá mal.ÉS
Nenhum.Ninguém.És pobre de alma e de bolso medíocre criatura!!!és um zero à esquerda de um NADA!
Não és nada,Sim.És nada,nem brilhas,nem surges.Ninguem te quer.O mundo nem se apercebe de tua presença.
Não és presença não és pessoa,animal podre,cheiras à carniça.Maldito sejas até depois de MORTO!!!

GIBRAN

Boa tarde.
Quando a música bate
à nossa porta,
desperta as memórias de há muito
escondidas na profundeza do passado.

Quando os pássaros cantam,
chamam as flores dos campos,
falam das árvores,
ou fazem eco às torrentes de água?
Não sabemos, pois nós humanos
não entendemos o que dizem os pássaros.

Nem o que murmuram os riachos,
nem o que sussurram as ondas
quando acariciam a areia
lentamente, lentamente.

O humano, com toda inteligência,
não pode saber o que fala a chuva
quando tamborila sobre a vidraça.

E, no entanto, não acontece
muitas vezes
que os humanos choram
ao ouvir as melodias?
E isto não é um eloqüente
sinal de compreensão?
K.Gibran

talvez

Talvez

"Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos..."
(Pablo Neruda)

FORTE INTENSA ATRAÇÃO !!!O QUE É ISSO ????

A atração entre os seres envolve sensações e apegos. Ocorre uma mútua influência - e Influência é outro nome dado ao hexagrama - que pode evoluir para o sentimento sutil de comunhão.
Aqui se descrevem os opostos - por exemplo, o homem e a mulher, os teimosos e os alegres - que se unem pela força da atração mútua. Essa união promete boa sorte porque é natural, baseada na simpatia; o mais forte toma a iniciativa e assume a proteção e a sustentação do mais fraco.
Os bons frutos prometidos pelo oráculo dependem da persistência e da correção da conduta. A tranqüilidade interna, em comunhão com a alegria externa, mantém a animação sincera e natural da vida sem excessos e dispersões.
A atração constitui uma lei universal. É da atração amorosa entre o Céu e a Terra que todos os seres vêm a existir. É da atração que os sábios exercem sobre nós que nasce a paz no coração.

Será que..no JAPÃO Saudade tem tradução ???

Saudade
Ele
sente....
SAUDADE
dela?
Saudades
de ver você chegando
Você sorrindo e me olhando
Com esse seu olhar doce
Que me amolece
Saudades de sentir você aqui
Bem ao lado de meu peito
Nesse coração ardente
Cheio de desejo
Saudades de sentir a sua voz
Cochichando em meu ouvido
Que também sentiu saudades
Enquanto me arrepio...
Saudades .... Saudades.. Saudades..
De sentir o teu cheiro
De sentir os seu beijos
De sentir você aqui.
Saudades.. Saudades.. Saudades...
Quando será que terá fim??
Quando será que você meu amor...
Irá ficar para sempre juntinho a mim?

PAISAGEM DE DRUMMOND

Paisagem: como se faz

Esta paisagem? Não existe.
Existe espaço vacante
a semear de paisagem
retrospectiva.
A presença da serra, das embaúbas,
das fontes. Que presença?
Tudo é mais tarde
vinte anos depois. Como nos dramas.
Por enquanto o ver não vê.
O ver recolhe fibrilhas de caminho, de horizonte
e nem percebe que as recolhe
para um dia tecer tapeçarias
que são fotografias
de impercebida terra visitada.
A paisagem vai ser. Agora é um branco
a tingir-se de verde, marrom, cinza.
Mas a cor não se prende a superfícies
não modela.
A pedra só é pedra no amadurecer longínquo
e a água desse riacho, não molha o corpo nu.
Molha mais tarde.
A água é um projeto de viver
Abrir porteira. Range. Indiferente.
Uma vaca-silêncio. Nem a olho.
Um dia este silêncio-vaca, este ranger
baterão em mim, perfeitos,
existentes de frente,
de costas, de perfil,
tangibilíssimos. Alguém pergunta ao lado:
O que há com você?
E não há nada
senão o som porteira, a vaca silenciosa.
Paisagens, país
feito de pensamento da paisagem,
na criativa distância espacitempo,
à margem das gravuras, documentos,
quando as coisas existem com violência
mais do que existimos: nos povoam
e nos olham, nos fixam. Contemplados,
submissos, delas somos pasto,
somos a paisagem da paisagem.

Carlos Drummond de Andrade

QUERO SER A TUA AMIGA

Quero ser tua amiga.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem falar quando for hora de calar,
e sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais,
simplesmente, calmamente, ser-te paz...
É bonito ser amiga.
Mas, confesso,
é tão difícil aprender!
E por isso
eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto
de lembranças!
Dá-me tempo
de acertar nossas distâncias.

SE VOCÊ GOSTAR DE TANGO....ESCUTE

Qué tarde !!!

Qué tarde que has venido,
no ves que ya es invierno,
que toda mi ternura la vida la quemó.
Qué tarde que has venido,
si en las llamas de mi infierno
dejastes sólo llagas en
vez de un corazón.

Qué horrible pesadilla
saber que te perdía.
La noche que tu orgullo
fue un dique entre los dos.
La noche te envolvié,
grité: "¿Por qué... Por qué?..
Y alcé mis puños rotos,
crispados en tu amor.

Corazón no llorés,
que no vale la penar
ecordar su querer,
si ella nunca fue buena.
Mis manos vacías, vacías,
como el hueco de un adiós.
No pueden perdonar,
no llores corazón,
que llevo en tu latir
su maldición.

Qué tarde que has venido,
no ves que ya es invierno.
Mis labios están secos,
amargos como hiel.
En mí se desataron
la cien furias del averno
y soy huraño y triste,
lo mismo que un ciprés.

Desde hoy en adelante,
por esta calle mía,
me cantará la lluvia
tus lágrimas de hoy.
Y en cada atardecer,
las muecas de un perdón,
traerán desde el olvido
tu vieja maldición.



Por Héctor Varela
Carlos Waiss,

Infância perdida

Na ilha por vezes habitada,que somos, cada um de nós, é uno , é parte de um todo que é nada , que é deserto, um grão de areia pequenino imperceptível. !!Até que ponto ?Seu ponto de vista,difere com certeza de milhões de outros !!! .Sob minha ótica,um grão de areia pode nos suavizar a alma, amaciar nossos pés , podemos até correr sobre vários deles sentindo o o prazer correndo tambem por nossas veias.Juntando vários desses grãos , um punhado ....podemos encher nossas mãos e fazê-los deslizarem por entre nossos dedos o que nos faz sentirmo-nos crianças de novo...Podemos fazer castelos com eles, podemos nos cobrir por inteiro,ou seja, enterrar à nós mesmos deixando apenas nossas cabeças à mostra...e outras tantas brincadeiras !!!!......
Existem seres vivos, humanos,no entanto,(que se sentem tão pequeninos quanto!) com os quais não podemos, não devemos brincar !!
Existem pessoas que nasceram p/ brilhar,para crescerem dignos e fortes,cujas vidas,logo de início desmaiam,no chão ofuscadas que são.
Ela foi um desses seres não-vivos ,mas humano que por atos desumanos teve sua vida ameaçada muitas e muitas vezes.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇAS

• 30/4/2000



"A rua era para mim,como um céu aberto.Representava a liberdade,e eu um pássaro sem medo.Podia até sonhar."
( Malenna Nakama )
"" A sensibilidade outrora...foi muito interessante porquanto é ela para mim, uma estranha sensação extinta pelo proprio ser humano, hoje, tão desumano. "" (Malenna Nakama)
Essa pergunta veio como um presente...Desta forma ficou fácil mostrar o grande paradoxo em que vivemos. Estamos na era da segmentação, produtos dirigidos para mercados específicos. As ferramentas de marketing a cada dia nos oferecem maiores subsídios para conhecer o segmento adequado para um produto específico e vice-versa. em frente”, ele pode e o senhor e a senhora podem; a sensibilidade de tantos que contrataram não pela lei, mas pela certeza do talento e pela responsabilidade enquanto empregador;
A sensibilidade abre caminhos e faz com que toda a beleza de Monet possa ser admirada por cegos. Faz com que surdos dancem com toda a leveza da primavera de Vivaldi, e que cadeirantes emocionem o mundo com seu basquete mágico.
Podemos começar olhando para nós mesmos e percebendo o quanto somos e podemos ser diferentes. Quantas limitações colecionadas e não percebidas ao longo dos anos! O próximo passo é olhar para o outro, entendo o quando podemos nos completar superando limites e identificando potencialidades. O exercício pode ser repetido freqüentemente
JAMAIS ? Nunca ! Sempre ! Embora nem saiba você foi alicerce de muitas de minhas conquistas.O exercício do respeito e da ética passou a ser repetido freqüentemente em nome do amor.Tudo ao redor passou a tomar outra dimensão.Aprendi a ver uma nova imagem de mim mesma,noutra perspectiva,em outros formatos ,passei a sonhar com cores belas ,abandonando de vez o cinza com todas suas gamas,que vão da negritude gritante do NEGRO a total ausencia de cor.Muitas vezes no escuro , isolei-me e fechei-me dentro de mim mesma,casa abstrata onde habito num vazio amargo com medo de chocar minha sensibilidade contra o mal à espreita nas ruas . Mas existe ainda o amor em mim,e persiste .Não se vai.Eu o deixo ficar.Êle me visitou numa noite fria de inverno e trouxe consigo o verão,e a beleza das flores, com tudo o mais que elas nos encantam.O perfume, as formas, as cores...Êle chegou de repente,do meio do nada,e invadiu minha alma,meu corpo,meus ser todo por inteiro.Sua voz de veludo,aqueceu a criança desamparada dentro em mim.Seus olhos de neblina,conseguiam alcançar com visão dos Deuses a ferida aberta no fundo do meu coração aflito.E murmurando bem suave êle disse...:Vai passar...vai passar....
• Êle tambem passou,e se foi no fim de um outono triste onde tudo o que eu via eram as fôlhas caindo da nossa árvore,na praça que elegemos como nossa também.E aí veio a ventania,veio a chuva,veio o vazio do frio...a agonia, a " lejania ".
• No BOM MOTIVO,BEBI À ESCASSEZ !....Queria esquecer,imaginar que tudo não pasava de um pesadelo sério.Mas aí ALGUÉM COMEÇAVA A CANTAR.......? Por que tu me chegastes? sem me dizer que vinhas ? e tuas mãos foram minhas..................... com calma ?....
• Por que fôste em minhálma como um amanhecer ? Porque fôste o que tinha de ser.
• Sem conseguir escutá-la por inteiro , até o fim , a música ia embora comigo,invadindo meus ouvidos serpenteando-se como uma bactéria mortal num labirinto doente tentando impedir-me nada mais escutar..NADA. Desmaiada por sobre os lençois,tentava arrancar de mim esse desespero cravado.Quanto ódio quanta dor! Quanto horror por ter nascido um dia !
• Intrínsicamente ligados o amor e o ódio, não me deixam mais escrever.Meus dedos como meu coração se paralizam outra vez.
• Em algum lugar.... 30/04/2000
Ah! A nossa rua  ainda está alí....A nossa praça....o barulho do silencio da noite e nós, uma unidade.
A rua era para mim, como um céu aberto.Representava a liberdade,e eu um pássaro sem medo.Podia até sonhar.

LEMBRANÇAS

ZIULUZ

03/04/2005
Madrugada
AR....FOGO....LUZ...

Céu arroxeado...e eu sem sonhar...sem gostar..de nada...só a chuva...Esqueci as bobagens de minha adolesc~encia...Queria agora voltar .ao tempo em que me apaixonei... e que as mentiras de amor fizeram tudo se apagar ....Me envolva em seus braços serenos, que eu vou me envolver....Mas seus olhos morenos me metem mais medo que um raio de sol

É Primavera agora meu amor "!!!! As flôres , o passaredo tudo está em festa e a minha alma vôa...Segure o leme do meu corpo, para que eu não me perca....Viajo nos meus sonhos e atraco sempre num porto de partida. O teu olhar..A vida gira em torno de mim, sem que eu a possa tocar.Mas se você chegar agora num telefonema com tua voz nos meus ouvidos....tudo será contentamento para o meu lado triste...como um Tango argentino.Se você me perguntar por onde andei direi ...que andei por aí sonhando de olhos abertos .Escuto um blues...O Clube da Esquina...o Chico....e tudo corta feito faca a ferida não cicatrizada ainda da dôr do amor.A natureza...em volta, me envolve, e aquece trazendo esperança dentro de mim...assim como a esperança que sente uma criança de um dia ver PAPAI NOEL bem de pertinho....Vou dormir...talvez sonhar...talvez morrer um pouco mais.

Escrito por Malena às 01h36

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ZIULUZ

03/04/2005
Madrugada
AR....FOGO....LUZ...

Céu arroxeado...e eu sem sonhar...sem gostar..de nada...só a chuva...Esqueci as bobagens de minha adolesc~encia...Queria agora voltar .ao tempo em que me apaixonei... e que as mentiras de amor fizeram tudo se apagar ....Me envolva em seus braços serenos, que eu vou me envolver....Mas seus olhos morenos me metem mais medo que um raio de sol

É Primavera agora meu amor "!!!! As flôres , o passaredo tudo está em festa e a minha alma vôa...Segure o leme do meu corpo, para que eu não me perca....Viajo nos meus sonhos e atraco sempre num porto de partida. O teu olhar..A vida gira em torno de mim, sem que eu a possa tocar.Mas se você chegar agora num telefonema com tua voz nos meus ouvidos....tudo será contentamento para o meu lado triste...como um Tango argentino.Se você me perguntar por onde andei direi ...que andei por aí sonhando de olhos abertos .Escuto um blues...O Clube da Esquina...o Chico....e tudo corta feito faca a ferida não cicatrizada ainda da dôr do amor.A natureza...em volta, me envolve, e aquece trazendo esperança dentro de mim...assim como a esperança que sente uma criança de um dia ver PAPAI NOEL bem de pertinho....Vou dormir...talvez sonhar...talvez morrer um pouco mais.

Escrito por Malena às 01h36

A Porcelana Inglesa !

Pois é,que pena que não é.Nada é.Nada é nada.Todos os momentos são iguais,uns mais outros mais.Não há o que tanto buscamos.Mas o que buscamos? Nem posso falar por tantos,nem por mim.Ela sim,ela é um ser sem poder ser.Como será acordar todas as manhãs, lavar o rosto, ter de tomar um café com um nó na garganta.O pão também não desce,o ônibus não vem, só depois vem.Um dia demora,noutro dia já passou mas sempre vem e sempre vai.É tudo igual.Sempre tudo igual....
Deitar,comer,dormir,acordar.levantar,ter de falar,ser obrigada a ouvir.Você nem quer falar tampouco ouvir mas naquele dia :há sempre um dia,onde parece que tudo conspira contra.Outra noite,outro dia,outra roupa,outra comida,outras pessoas,que vão e que vem sem saber prá onde vão nem porque vem.A vida é só isso ? Porque chamam-na de vida então?Ela foi uma morta-viva.
Ela era uma menina tôla, simplória,pobrezinha,sem irmã,sem carinho,sem saber os porquês de tudo que a rodeava.E nada a rodeava.Mirella era tão leve que ninguem a podia sentir.Ela vagava.Nada sabia das coisas daquele lugar.Ouvia vozes dando -lhe ordens: Faça isso.Faça aquilo.Não faça assim; é assim. Tem de ser assim.Ela tinha no olhar todos os medos medonhos de quem não sabe quem é.A atemporalidade costumeira lhe persegue a mente confusa que a professora ordena,sem saber porque nem para que servirá.Assiste às aulas de Matemática ,sem saber de que lhe servirão a Algebra,os Logorítmos,nem quem foi Pitágoras,ou Einstein,nem se morrerá no dia seguinte,de sarampo,ou de tristeza,doença a qual veio ao mundo.Foi jogada,não era prá ter vindo.O veneno da mãe não fêz efeito,e não havia médicos capazes de praticarem o aborto,e nem havia dinheiro.
Ela tinha consigo as angústias da noites solitárias de alguem que nunca ouviu uma voz humana:Durma bem.Está com frio ?
Ela quebrou a louça de porcelana Inglesa guardada pela mulher como uma relíquia imperial.Seus cabelos quase lhe foram arrancados junto com o pescoço não fôssem os vizinhos; Páre de bater na criança: ela não fêz por querer ! Essa maldita quebrou minha Jarra de porcelana INGLESA !berrava a dona.Dona de todos os bens materiais da casa,e dona de um gênio do mal que só conhecia o ódio,e o desprezo por quem não pertencesse à burguesia aristocrática.E não paráva de espraguejar:: e agora,como poderei consertá-la,quem irá restaurá-la? Mirella chorava sem saber sequer o que significava !" MADE IN ENGLAND " ! E mal sabia tambem que seu coração jamais se restauraria tbem! Nada, nem ninguem conseguiria colar os pedaços de sua pobre alma inquieta e abandonada.Ela era filha das ervas ! Ela era pobre.ela era ninguém.Ela nem era.

Solidão a dois

Solidão a dois......

Solidão a sós.......

Solidão sem nós...

Emaranhados nos lençois.

Escrito por Malena às 01h09

Noite sem......

Noite quente quieta,inquieta...

Noite ardente,sem o ar quente

Daquele amor da gente

Outrora tão presente

E hoje sem passado

Nem futuro,

nem semente....

Escrito por Malena às 01h18

VAZIO

17/04/2005
Vazio.....
Não há nada de novo debaixo do céu....

Não há nada de novo debaixodo...........

Não há nada de novo debaixo..............

Não há nada de novo.........................

Não há nada de,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Não há nada....................................

Não há...........................................

Não.

Escrito por Malena às 02h49
[ (3) Vários Comentários

sábado, 23 de janeiro de 2010

Saudade: Feliz Aniversário !

26/04/1979

Sentindo a brisa sózinha
Ainda assim eu sou feliz

Nunca pense meu amor
que esse amor eu abandono


Às vezes me faço alegre
outras me pinto brejeira
Na rotina do meu corpo,
o teu odor.....

Mas confesso:
Ainda és o meu dono !


Minha Luz és meu Luiz
O meu Liu meu queridinho....
Não adianta mais lutar,
Vou te amar a vida inteira !..

A Tia ao piano “Clair de Lune”

A Tia ao piano “Clair de Lune” Quase adormecida em meu leito desordenado e vazio do teu corpo, da tua ausência da tua voz escuto uma canção para chamar o sono e mais uma vez tu me chegas em forma de sonho...E fico ali da janela do meu quarto,escuro olhando as estrelas olhando......olhando e tentando compreender...No teu silencio talvez também me saibas....talvez também me sintas....Tu és o meu sonho de amor. Meu sonho mais bonito.Escuto o barulho do silencio da noite,escuto o mar e me entrego ao destino do nosso desencontro...Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces,mas tristes,tristes.



Nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausta e distante...distante... No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida quando me escreves... quando me escreves.Quando.... E eu sinto que em meu jesto gesto existe o teu gesto jesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.

Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados...
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu te deixarei ir tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada para outro amor ou para o nada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui a tua grande íntima da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço...

E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar do vento do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serena e estarão na essência da canção que me levou à ti esta noite.......................
A casa de Janelas grandes a Rua Santa Cristina Tua tia ao piano tão linda tocando prá nós, minha canção de infância cheia de vazios de esperanças e sonhos.
Hoje ouvindo “Clair de Lune” Te se senti muito junto bem perto quase dentro de mim assim como se fora eu, e não Debussy o grande mestre compondo a grande arte para um grande amor que eu penso,seja você Eu Te amo ainda Ela espera como quem espera por um milagre impossível Porque do amor e da morte não somos proprietários sou tua porque tu me chegastes me seguistes me cativastes e de ti não pude mais sair.
Maio/2001

DITADURA no AMOR em 1975

Por que fatos me trazem lembranças?Eu só queria saber como é se ser feliz.O passado pesa, o passado percorre minhas veias TROCANDO um sangue colorido por um outro negro de fumo.Fumo de fumaça,de corpos queimados.Fumo aceso com a chama que queima.Queima prá destruir,dizimar.Queima devagar prá fazer sofrer mais.Eu estou aberta,ao mundo,mas não à vida. Não a conheço.Pergunto a mim:por que?O que é que é?
A sensação essa de que as pessoas não amam.Não PEDEM!...Impõe!..A punjança econômica do Chile ! " Êle falava em Pinochet,Allende,Vitor Jara E Seus dedos amputados.Mostrava piedade,compaixão... Mas o que são dedos cortados...comparados à u coração partido num corpo inteiro de uma alma amputada?CHÊ Guevara carreganfo fuzís armados de ternura,mas enquanto homem no Universo das paixões havia um Hitler desequilibrado e sem limites.Um descendente de italianos mafiosos, assassinos.Um doente por amor,querendo matar por amor de tanto ódio pela simples idéia de ganhar num mundo competitivo,e porco chauvinista.POSSE.
Êle fabricava ilusões...A resistência resistia,o DOI matava e isso doía.Mas êle bebia,fumava, enada fazia.Êle me fuzilava de ciúmes e reprimia meu comportamental mais do que a repressão do Chile.Eu não vejo mais a MULHER que fui nem meus sonhos enterrados ! Onde êle os enterrou ?A Família, o Clã SCANAGLIA,IMPERAVA Rigoroso,reprimia,não avaliava o ser.Ditava ordens.Ordens às paixões ?O ódio deles,causou POLÊMICAS.Um impacto tamanho,que tratando de impedir o relacionamento de forma tão vilã e nojenta fui cercada pelo meu próprio eu sózinho e aturdido.A sensação de melancolia e dor,aleijou meus neurônios.Não queria pensar.Queria matar.Fugia dos meus próprios pensamentos,mergulhando em garrafas de bebida para não enlouquecer.Mas já estava louca.Criou por 35 anos um nó na garganta.Foi tudo muito forte e de repente o nada. Cada instante de vida de lá prá cá foi um degrau alto e pesado demais para ser galgado.Carreguei nos ombros toda a dor desse mundo.Coração partido,nem nada de nada,Fiquei detráz do mundo, na vilinha onde me refugiei sem voz das ruínas, passando sem passar.Onde foi escondido o amor....sob as penas da lei da maldita Família Scanaglia.Queria fuzilar a todos pois em 75 estávamos todos, sob o jugo ditatorial do Horror da DITADURA SUJEITOS as tendências do silêncio amargo.Não me sinto velha,mas me sinto morta, Um corpo arremessado ao léu.Um corpo sem peso,sem alma, sem amor,sem rancor,um corpo etéreo,e vazio.
Um corpo sem membros,SEM força,sem órgãos,sem energia,inerte,indolente,indigente,um corpo morto por um sentimento cheio de fé,sonhos,carregado de esperanças ainda que carregando todo o peso de uma vida à sós
Um corpo que um dia foi,um conjunto de emoções trazidas nem sei de onde.Mas era um corpo.Era.Parte de uma era que se foi,rápida como a dor quando chega.veloz como a luz do amor que surge sem avisar que vem.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Chove dentro de mim...


Chove e chove forte
e não é líquido
 temporal
 atemporal
de coisas, pessoas, fatos
instantes vividos
aromas,vozes,olhares
sem brilho
tudo cheira
a vida, a morte
tudo  lembra
e a chuva me devolve
e estou
molhada só na alma
 malena