quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ZIULUZ

03/04/2005
Madrugada
AR....FOGO....LUZ...

Céu arroxeado...e eu sem sonhar...sem gostar..de nada...só a chuva...Esqueci as bobagens de minha adolesc~encia...Queria agora voltar .ao tempo em que me apaixonei... e que as mentiras de amor fizeram tudo se apagar ....Me envolva em seus braços serenos, que eu vou me envolver....Mas seus olhos morenos me metem mais medo que um raio de sol

É Primavera agora meu amor "!!!! As flôres , o passaredo tudo está em festa e a minha alma vôa...Segure o leme do meu corpo, para que eu não me perca....Viajo nos meus sonhos e atraco sempre num porto de partida. O teu olhar..A vida gira em torno de mim, sem que eu a possa tocar.Mas se você chegar agora num telefonema com tua voz nos meus ouvidos....tudo será contentamento para o meu lado triste...como um Tango argentino.Se você me perguntar por onde andei direi ...que andei por aí sonhando de olhos abertos .Escuto um blues...O Clube da Esquina...o Chico....e tudo corta feito faca a ferida não cicatrizada ainda da dôr do amor.A natureza...em volta, me envolve, e aquece trazendo esperança dentro de mim...assim como a esperança que sente uma criança de um dia ver PAPAI NOEL bem de pertinho....Vou dormir...talvez sonhar...talvez morrer um pouco mais.

Escrito por Malena às 01h36

A Porcelana Inglesa !

Pois é,que pena que não é.Nada é.Nada é nada.Todos os momentos são iguais,uns mais outros mais.Não há o que tanto buscamos.Mas o que buscamos? Nem posso falar por tantos,nem por mim.Ela sim,ela é um ser sem poder ser.Como será acordar todas as manhãs, lavar o rosto, ter de tomar um café com um nó na garganta.O pão também não desce,o ônibus não vem, só depois vem.Um dia demora,noutro dia já passou mas sempre vem e sempre vai.É tudo igual.Sempre tudo igual....
Deitar,comer,dormir,acordar.levantar,ter de falar,ser obrigada a ouvir.Você nem quer falar tampouco ouvir mas naquele dia :há sempre um dia,onde parece que tudo conspira contra.Outra noite,outro dia,outra roupa,outra comida,outras pessoas,que vão e que vem sem saber prá onde vão nem porque vem.A vida é só isso ? Porque chamam-na de vida então?Ela foi uma morta-viva.
Ela era uma menina tôla, simplória,pobrezinha,sem irmã,sem carinho,sem saber os porquês de tudo que a rodeava.E nada a rodeava.Mirella era tão leve que ninguem a podia sentir.Ela vagava.Nada sabia das coisas daquele lugar.Ouvia vozes dando -lhe ordens: Faça isso.Faça aquilo.Não faça assim; é assim. Tem de ser assim.Ela tinha no olhar todos os medos medonhos de quem não sabe quem é.A atemporalidade costumeira lhe persegue a mente confusa que a professora ordena,sem saber porque nem para que servirá.Assiste às aulas de Matemática ,sem saber de que lhe servirão a Algebra,os Logorítmos,nem quem foi Pitágoras,ou Einstein,nem se morrerá no dia seguinte,de sarampo,ou de tristeza,doença a qual veio ao mundo.Foi jogada,não era prá ter vindo.O veneno da mãe não fêz efeito,e não havia médicos capazes de praticarem o aborto,e nem havia dinheiro.
Ela tinha consigo as angústias da noites solitárias de alguem que nunca ouviu uma voz humana:Durma bem.Está com frio ?
Ela quebrou a louça de porcelana Inglesa guardada pela mulher como uma relíquia imperial.Seus cabelos quase lhe foram arrancados junto com o pescoço não fôssem os vizinhos; Páre de bater na criança: ela não fêz por querer ! Essa maldita quebrou minha Jarra de porcelana INGLESA !berrava a dona.Dona de todos os bens materiais da casa,e dona de um gênio do mal que só conhecia o ódio,e o desprezo por quem não pertencesse à burguesia aristocrática.E não paráva de espraguejar:: e agora,como poderei consertá-la,quem irá restaurá-la? Mirella chorava sem saber sequer o que significava !" MADE IN ENGLAND " ! E mal sabia tambem que seu coração jamais se restauraria tbem! Nada, nem ninguem conseguiria colar os pedaços de sua pobre alma inquieta e abandonada.Ela era filha das ervas ! Ela era pobre.ela era ninguém.Ela nem era.

Solidão a dois

Solidão a dois......

Solidão a sós.......

Solidão sem nós...

Emaranhados nos lençois.

Escrito por Malena às 01h09

Noite sem......

Noite quente quieta,inquieta...

Noite ardente,sem o ar quente

Daquele amor da gente

Outrora tão presente

E hoje sem passado

Nem futuro,

nem semente....

Escrito por Malena às 01h18

VAZIO

17/04/2005
Vazio.....
Não há nada de novo debaixo do céu....

Não há nada de novo debaixodo...........

Não há nada de novo debaixo..............

Não há nada de novo.........................

Não há nada de,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Não há nada....................................

Não há...........................................

Não.

Escrito por Malena às 02h49
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sábado, 23 de janeiro de 2010

Saudade: Feliz Aniversário !

26/04/1979

Sentindo a brisa sózinha
Ainda assim eu sou feliz

Nunca pense meu amor
que esse amor eu abandono


Às vezes me faço alegre
outras me pinto brejeira
Na rotina do meu corpo,
o teu odor.....

Mas confesso:
Ainda és o meu dono !


Minha Luz és meu Luiz
O meu Liu meu queridinho....
Não adianta mais lutar,
Vou te amar a vida inteira !..

A Tia ao piano “Clair de Lune”

A Tia ao piano “Clair de Lune” Quase adormecida em meu leito desordenado e vazio do teu corpo, da tua ausência da tua voz escuto uma canção para chamar o sono e mais uma vez tu me chegas em forma de sonho...E fico ali da janela do meu quarto,escuro olhando as estrelas olhando......olhando e tentando compreender...No teu silencio talvez também me saibas....talvez também me sintas....Tu és o meu sonho de amor. Meu sonho mais bonito.Escuto o barulho do silencio da noite,escuto o mar e me entrego ao destino do nosso desencontro...Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces,mas tristes,tristes.



Nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausta e distante...distante... No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida quando me escreves... quando me escreves.Quando.... E eu sinto que em meu jesto gesto existe o teu gesto jesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.

Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados...
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu te deixarei ir tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada para outro amor ou para o nada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui a tua grande íntima da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço...

E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar do vento do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serena e estarão na essência da canção que me levou à ti esta noite.......................
A casa de Janelas grandes a Rua Santa Cristina Tua tia ao piano tão linda tocando prá nós, minha canção de infância cheia de vazios de esperanças e sonhos.
Hoje ouvindo “Clair de Lune” Te se senti muito junto bem perto quase dentro de mim assim como se fora eu, e não Debussy o grande mestre compondo a grande arte para um grande amor que eu penso,seja você Eu Te amo ainda Ela espera como quem espera por um milagre impossível Porque do amor e da morte não somos proprietários sou tua porque tu me chegastes me seguistes me cativastes e de ti não pude mais sair.
Maio/2001

DITADURA no AMOR em 1975

Por que fatos me trazem lembranças?Eu só queria saber como é se ser feliz.O passado pesa, o passado percorre minhas veias TROCANDO um sangue colorido por um outro negro de fumo.Fumo de fumaça,de corpos queimados.Fumo aceso com a chama que queima.Queima prá destruir,dizimar.Queima devagar prá fazer sofrer mais.Eu estou aberta,ao mundo,mas não à vida. Não a conheço.Pergunto a mim:por que?O que é que é?
A sensação essa de que as pessoas não amam.Não PEDEM!...Impõe!..A punjança econômica do Chile ! " Êle falava em Pinochet,Allende,Vitor Jara E Seus dedos amputados.Mostrava piedade,compaixão... Mas o que são dedos cortados...comparados à u coração partido num corpo inteiro de uma alma amputada?CHÊ Guevara carreganfo fuzís armados de ternura,mas enquanto homem no Universo das paixões havia um Hitler desequilibrado e sem limites.Um descendente de italianos mafiosos, assassinos.Um doente por amor,querendo matar por amor de tanto ódio pela simples idéia de ganhar num mundo competitivo,e porco chauvinista.POSSE.
Êle fabricava ilusões...A resistência resistia,o DOI matava e isso doía.Mas êle bebia,fumava, enada fazia.Êle me fuzilava de ciúmes e reprimia meu comportamental mais do que a repressão do Chile.Eu não vejo mais a MULHER que fui nem meus sonhos enterrados ! Onde êle os enterrou ?A Família, o Clã SCANAGLIA,IMPERAVA Rigoroso,reprimia,não avaliava o ser.Ditava ordens.Ordens às paixões ?O ódio deles,causou POLÊMICAS.Um impacto tamanho,que tratando de impedir o relacionamento de forma tão vilã e nojenta fui cercada pelo meu próprio eu sózinho e aturdido.A sensação de melancolia e dor,aleijou meus neurônios.Não queria pensar.Queria matar.Fugia dos meus próprios pensamentos,mergulhando em garrafas de bebida para não enlouquecer.Mas já estava louca.Criou por 35 anos um nó na garganta.Foi tudo muito forte e de repente o nada. Cada instante de vida de lá prá cá foi um degrau alto e pesado demais para ser galgado.Carreguei nos ombros toda a dor desse mundo.Coração partido,nem nada de nada,Fiquei detráz do mundo, na vilinha onde me refugiei sem voz das ruínas, passando sem passar.Onde foi escondido o amor....sob as penas da lei da maldita Família Scanaglia.Queria fuzilar a todos pois em 75 estávamos todos, sob o jugo ditatorial do Horror da DITADURA SUJEITOS as tendências do silêncio amargo.Não me sinto velha,mas me sinto morta, Um corpo arremessado ao léu.Um corpo sem peso,sem alma, sem amor,sem rancor,um corpo etéreo,e vazio.
Um corpo sem membros,SEM força,sem órgãos,sem energia,inerte,indolente,indigente,um corpo morto por um sentimento cheio de fé,sonhos,carregado de esperanças ainda que carregando todo o peso de uma vida à sós
Um corpo que um dia foi,um conjunto de emoções trazidas nem sei de onde.Mas era um corpo.Era.Parte de uma era que se foi,rápida como a dor quando chega.veloz como a luz do amor que surge sem avisar que vem.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Chove dentro de mim...


Chove e chove forte
e não é líquido
 temporal
 atemporal
de coisas, pessoas, fatos
instantes vividos
aromas,vozes,olhares
sem brilho
tudo cheira
a vida, a morte
tudo  lembra
e a chuva me devolve
e estou
molhada só na alma
 malena