sábado, 23 de janeiro de 2010

DITADURA no AMOR em 1975

Por que fatos me trazem lembranças?Eu só queria saber como é se ser feliz.O passado pesa, o passado percorre minhas veias TROCANDO um sangue colorido por um outro negro de fumo.Fumo de fumaça,de corpos queimados.Fumo aceso com a chama que queima.Queima prá destruir,dizimar.Queima devagar prá fazer sofrer mais.Eu estou aberta,ao mundo,mas não à vida. Não a conheço.Pergunto a mim:por que?O que é que é?
A sensação essa de que as pessoas não amam.Não PEDEM!...Impõe!..A punjança econômica do Chile ! " Êle falava em Pinochet,Allende,Vitor Jara E Seus dedos amputados.Mostrava piedade,compaixão... Mas o que são dedos cortados...comparados à u coração partido num corpo inteiro de uma alma amputada?CHÊ Guevara carreganfo fuzís armados de ternura,mas enquanto homem no Universo das paixões havia um Hitler desequilibrado e sem limites.Um descendente de italianos mafiosos, assassinos.Um doente por amor,querendo matar por amor de tanto ódio pela simples idéia de ganhar num mundo competitivo,e porco chauvinista.POSSE.
Êle fabricava ilusões...A resistência resistia,o DOI matava e isso doía.Mas êle bebia,fumava, enada fazia.Êle me fuzilava de ciúmes e reprimia meu comportamental mais do que a repressão do Chile.Eu não vejo mais a MULHER que fui nem meus sonhos enterrados ! Onde êle os enterrou ?A Família, o Clã SCANAGLIA,IMPERAVA Rigoroso,reprimia,não avaliava o ser.Ditava ordens.Ordens às paixões ?O ódio deles,causou POLÊMICAS.Um impacto tamanho,que tratando de impedir o relacionamento de forma tão vilã e nojenta fui cercada pelo meu próprio eu sózinho e aturdido.A sensação de melancolia e dor,aleijou meus neurônios.Não queria pensar.Queria matar.Fugia dos meus próprios pensamentos,mergulhando em garrafas de bebida para não enlouquecer.Mas já estava louca.Criou por 35 anos um nó na garganta.Foi tudo muito forte e de repente o nada. Cada instante de vida de lá prá cá foi um degrau alto e pesado demais para ser galgado.Carreguei nos ombros toda a dor desse mundo.Coração partido,nem nada de nada,Fiquei detráz do mundo, na vilinha onde me refugiei sem voz das ruínas, passando sem passar.Onde foi escondido o amor....sob as penas da lei da maldita Família Scanaglia.Queria fuzilar a todos pois em 75 estávamos todos, sob o jugo ditatorial do Horror da DITADURA SUJEITOS as tendências do silêncio amargo.Não me sinto velha,mas me sinto morta, Um corpo arremessado ao léu.Um corpo sem peso,sem alma, sem amor,sem rancor,um corpo etéreo,e vazio.
Um corpo sem membros,SEM força,sem órgãos,sem energia,inerte,indolente,indigente,um corpo morto por um sentimento cheio de fé,sonhos,carregado de esperanças ainda que carregando todo o peso de uma vida à sós
Um corpo que um dia foi,um conjunto de emoções trazidas nem sei de onde.Mas era um corpo.Era.Parte de uma era que se foi,rápida como a dor quando chega.veloz como a luz do amor que surge sem avisar que vem.

Um comentário:

  1. Tempos Difíceis!Ditadura...Tão dolorida que para mim ainda não passou.É como o amor,a dor fica. Mas....
    pergunto:Ao que chamamos Democracia...será ela no nosso país uma DEMOCRACIA COMPLETA ????

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