quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇAS

• 30/4/2000



"A rua era para mim,como um céu aberto.Representava a liberdade,e eu um pássaro sem medo.Podia até sonhar."
( Malenna Nakama )
"" A sensibilidade outrora...foi muito interessante porquanto é ela para mim, uma estranha sensação extinta pelo proprio ser humano, hoje, tão desumano. "" (Malenna Nakama)
Essa pergunta veio como um presente...Desta forma ficou fácil mostrar o grande paradoxo em que vivemos. Estamos na era da segmentação, produtos dirigidos para mercados específicos. As ferramentas de marketing a cada dia nos oferecem maiores subsídios para conhecer o segmento adequado para um produto específico e vice-versa. em frente”, ele pode e o senhor e a senhora podem; a sensibilidade de tantos que contrataram não pela lei, mas pela certeza do talento e pela responsabilidade enquanto empregador;
A sensibilidade abre caminhos e faz com que toda a beleza de Monet possa ser admirada por cegos. Faz com que surdos dancem com toda a leveza da primavera de Vivaldi, e que cadeirantes emocionem o mundo com seu basquete mágico.
Podemos começar olhando para nós mesmos e percebendo o quanto somos e podemos ser diferentes. Quantas limitações colecionadas e não percebidas ao longo dos anos! O próximo passo é olhar para o outro, entendo o quando podemos nos completar superando limites e identificando potencialidades. O exercício pode ser repetido freqüentemente
JAMAIS ? Nunca ! Sempre ! Embora nem saiba você foi alicerce de muitas de minhas conquistas.O exercício do respeito e da ética passou a ser repetido freqüentemente em nome do amor.Tudo ao redor passou a tomar outra dimensão.Aprendi a ver uma nova imagem de mim mesma,noutra perspectiva,em outros formatos ,passei a sonhar com cores belas ,abandonando de vez o cinza com todas suas gamas,que vão da negritude gritante do NEGRO a total ausencia de cor.Muitas vezes no escuro , isolei-me e fechei-me dentro de mim mesma,casa abstrata onde habito num vazio amargo com medo de chocar minha sensibilidade contra o mal à espreita nas ruas . Mas existe ainda o amor em mim,e persiste .Não se vai.Eu o deixo ficar.Êle me visitou numa noite fria de inverno e trouxe consigo o verão,e a beleza das flores, com tudo o mais que elas nos encantam.O perfume, as formas, as cores...Êle chegou de repente,do meio do nada,e invadiu minha alma,meu corpo,meus ser todo por inteiro.Sua voz de veludo,aqueceu a criança desamparada dentro em mim.Seus olhos de neblina,conseguiam alcançar com visão dos Deuses a ferida aberta no fundo do meu coração aflito.E murmurando bem suave êle disse...:Vai passar...vai passar....
• Êle tambem passou,e se foi no fim de um outono triste onde tudo o que eu via eram as fôlhas caindo da nossa árvore,na praça que elegemos como nossa também.E aí veio a ventania,veio a chuva,veio o vazio do frio...a agonia, a " lejania ".
• No BOM MOTIVO,BEBI À ESCASSEZ !....Queria esquecer,imaginar que tudo não pasava de um pesadelo sério.Mas aí ALGUÉM COMEÇAVA A CANTAR.......? Por que tu me chegastes? sem me dizer que vinhas ? e tuas mãos foram minhas..................... com calma ?....
• Por que fôste em minhálma como um amanhecer ? Porque fôste o que tinha de ser.
• Sem conseguir escutá-la por inteiro , até o fim , a música ia embora comigo,invadindo meus ouvidos serpenteando-se como uma bactéria mortal num labirinto doente tentando impedir-me nada mais escutar..NADA. Desmaiada por sobre os lençois,tentava arrancar de mim esse desespero cravado.Quanto ódio quanta dor! Quanto horror por ter nascido um dia !
• Intrínsicamente ligados o amor e o ódio, não me deixam mais escrever.Meus dedos como meu coração se paralizam outra vez.
• Em algum lugar.... 30/04/2000
Ah! A nossa rua  ainda está alí....A nossa praça....o barulho do silencio da noite e nós, uma unidade.
A rua era para mim, como um céu aberto.Representava a liberdade,e eu um pássaro sem medo.Podia até sonhar.

LEMBRANÇAS

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